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Congreso Imigração e Etnicidade: Comemorações e Processos de Produção de Memória

Brasil – Universidade de São Paulo, São Paulo

Del 17 al 22 de Julio de 2011

Coordenadores: Emerson César De Campos (Doutor(a) – UDESC), Luis Fernando Beneduzi (Pós Doutor(a) – Università Ca’ Foscari di Venezia). O presente simpósio tem por objetivo, considerando a temática principal que norteia o XXVI Simpósio Nacional da Anpuh, trazer à discussão as diferentes dinâmicas presentes nas festas e comemorações que envolvem os processos imigratórios e que – funcionando como espaços de produção de memória – consolidam a auto-representação do grupo e a sua representação enquanto alteridade, em inter-relações tensas, (in)completas e (des)contínuas com a terra de chegada.

O fenômeno imigratório, tanto de finais do século XIX quanto da virada do século XX para o XXI, é atravessado por processos contínuos de produção de memória. Tais processos explicitam-se e tornam-se (in)visíveis nos contatos entre as comunidades de acolhida e os imigrantes, trazendo consigo dinâmicas de perda – com relação à terra de partida – e de conflito étnico-cultural entre um “eu” (os grupos de estrangeiros) e um “outro” (os nacionais da terra de chegada). Nesse sentido, os imigrantes organizam estratégias de interação com as populações do país de destino, buscando reelaborar suas identidades – individuais e coletivas que – desde o ato da partida – vivem um processo de diferenciação cultural, deslocando-os para um entre-lugar. As comemorações e as festas, a elaboração de lugares de memória marcados pelo patrimônio material e imaterial, a literatura e os meios de comunicação, todos esses espaços participam de um processo de reconstrução das dinâmicas imigratórias e de leituras entrecruzadas pela dupla desterritorialização: a experiência de expatriação e a vivência na nova terra. Se os diferentes eventos comemorativos trazem à lembrança os acontecimentos passados, eles também constroem a memória sobre as experiências individuais e coletivas, produzindo a sensação de um eterno continuum histórico entre o passado e o presente. As diferentes comunidades de imigrantes acabam se encontrando e se percebendo enquanto grupo nos atos de celebração da experiência imigratória, muitas vezes lida e recriada em uma chave de leitura epopéica.

Ver http://www.red-redial.net/america-noticia-4112.html